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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

"E aí? Valeu a pena?"

Essa é a pergunto que eu mais tenho escutado desde que cheguei em casa no dia 22 de agosto. A resposta, que talvez seja óbvia para alguns mas não tão obvia para outros, com certeza não deixaria de ser claro que valeu!!!

Já que é assim, nada mais justo do que falar um pouco sobre isso, principalmente porque muita gente que também estuda medicina no Brasil sempre veio falar comigo sobre participar ou não do CsF e, obviamente, essas conversas se tornaram bem mais frequentes agora que eu já concluí o intercâmbio. Obviamente, tudo que eu falo aqui é a minha opinião sobre a minha experiência e talvez sirva de alguma coisa para a galera da medicina que sempre vem conversar comigo sobre isso cheio de dúvidas na cabeça. Aliás, tem um post sobre essa questão da medicina e o CsF logo do início de tudo e você pode conferir aqui.

No geral eu posso dizer que esse intercâmbio teve muitos pontos positivos e, como tudo nessa vida, alguns pontos que poderiam ter sido melhores. Eu digo 'ter sido melhor' porque na minha vida eu tento sempre ver que nada acontece por acaso e tudo tem uma razão de ser, o que sempre me faz aprender e crescer como pessoa. Ou seja, mesmo as coisas que não me agradam tanto me fazem pensar que eu posso aprender algo com elas (principalmente aprender a lidar com elas) e no fim de tudo, vale a pena a experiência. Pode parecer besteira para alguns, mas para mim faz a vida ser mais leve e é uma questão de personalidade e de espiritualidade e faz todo o sentido para mim.

Eu virei a página da língua inglesa na minha vida. Eu também já falei sobre isso em alguns outros posts, mas não me canso de pensar o quanto isso valeu a pena para mim. Valeu a pena por causa do PSE. Valeu a pena porque eu tive aulas, estudei, escrevi trabalhos, apresentei trabalhos, fiz provas e tive relacionamentos profissionais (além dos pessoais) em inglês na área científica. Eu me sinto muito feliz por pegar qualquer texto e qualquer livro e simplesmente ler na mesma velocidade que eu leio em português (claro que eu busco por palavras que não conheço, pois assim continuo aprendendo e isso é normal em qualquer segunda língua). Isso tudo sem contar todas as coisas que eu tive que superar, lidar e fazer sozinha em inglês. Valeu a pena porque eu sempre fui bastante independente, resolvida e decidida e não houve barreira linguística alguma que me fizesse deixar de ser como eu sou, então eu me considero bastante realizada neste sentido. Desde o primeiro atendente de aeroporto que falava em inglês com sotaque alemão que foi minha primeira dificuldade de comunicação até eu poder fazer qualquer coisa em qualquer lugar sem sentir dificuldade alguma com a língua, muita coisa mudou e foi muito positivo para mim!

Eu aprendi muita coisa nesses exatos um ano e dois meses que estive morando fora de casa. Agreguei bastante à minha bagagem acadêmica, tanto pelas matérias cursadas durante o ano letivo, com coisas que eu já havia estudado e com coisas novas, quanto pela experiência do summer project. Eu não vou me repetir e você pode conferir sobre essas duas experiências, explicadinhas com bastante detalhes, nos links com posts recentes em que já falei sobre elas. :)

É obvio que teria sido muito mais proveitoso se eu tivesse cursado matérias exclusivas do ciclo clínico da faculdade de medicina na Uni of Dundee (momento pelo qual estou passando aqui no meu quarto ano na UERJ) e esse é um ponto que poderia ter feito da experiência algo mais interessante academicamente. Mas eu também já conversei aqui sobre a burocracia que envolve estar em uma faculdade de medicina no exterior (da mesma forma acontece com estudantes que vem estudar no Brasil). Confesso que invejei um pouquinho o pessoal que estudou medicina em Budapeste pelo CsF, mas isso não fez da minha experiência nem um pouco menor ou pior, pelo menos para mim. Considero que eu fiz o que pude fazer e tentei tirar o melhor disso tudo!

Detalhe: não sei ao certo a quantas anda isso, mas aqueles países que aceitavam estudantes de medicina estudando nas faculdades de medicina deles não farão mais isso a partir do próximo edital. Parece que o último que aceitou isso foi o da galera que partiu agora em agosto de 2014. Isso foi o que meus colegas me disseram e eu não tenho certeza, mas para quem só se interessaria nessas condições, vale a pena dar uma checada. :)

Claro que como parte de um intercâmbio, foi muito bom ter tido a oportunidade de conhecer lugares diferentes, alguns que eu sempre quis estar, outros que eu nem imaginava que conheceria tão cedo. Isso porque conhecer um lugar novo significa também conhecer um pouco da história do povo, da cultura e da forma de ver o mundo das pessoas que estão lá e eu acho que perceber isso e tirar um pouquinho de cada canto para minha vida me fez crescer bastante. Eu tive a oportunidade de viajar duas vezes nas férias de um mês durante o inverno (6 dias na Irlanda e outros 12 dias na Inglaterra), uma vez na Easter break (um recesso de Páscoa bem maior do que estamos acostumados, o meu foi de um 40 dias, do qual eu usei 21 para conhecer Amsterdam, Berlim, Roma e Barcelona) e uma vez no verão (foram duas semanas de recesso do meu summer project, que durou 3 meses, usadas para conhecer alguns lugares na Polônia, outros na Croácia, Praga e Budapeste), fora todos os lugares que fui conhecendo na Escócia ao longo do ano, porque tudo era relativamente perto (para quem tem como referência o Brasil, qualquer coisa é muito perto!) e um fim de semana sempre foi bastante tempo. Administrando bem o dinheiro que recebemos e usando um pouco dos recessos que temos dá para conhecer bastante coisa e aprender muito com isso tudo! :)

Eu conheci muita gente diferente, de vários lugares diferentes e foi muito bom morar em Dundee nesse sentido. Isso porque a Uni of Dundee recebe muitos estudantes internacionais, então conheci gente de tudo quanto é canto! O tempo que estive no laboratório então foi muito sensacional nesse sentido! Além da faculdade, tive a oportunidade de conhecer pessoas em atividades diversas, desde a academia até as viagens que fiz, e esses contatos agregaram muita coisa boa em minha vida. Todas essas pessoas e também meus momentos de independência/solidão (não no sentido negativo da palavra, mas no sentido de "agora é só com você") me ensinaram muito, muito mesmo, sobre a vida, principalmente as minhas flatmates. Porque nada como dividir o mesmo espaço para aprender a dividir o mesmo espaço e [tentar] ser mais agradável e fazer desse espaço mais harmonioso. Meninas, vocês foram essenciais para mim!

Eu também aprendi com todas essas pessoas (desde a pessoa de um hostel aleatório que me contou a história de vida dela até pessoas que eu via todos os dias) a ver muitas coisas por ângulos diferentes, eu mudei hábitos, eu aprendi a experimentar mais e a viver mais com todas elas. Eu também aprendi muito a dividir, a ser mais calma e paciente, a ser mais solidária e aceitar a solidariedade gratuita e fofa dos outros (acredite, a vida parece mais simples agora), a ouvir mais (apesar de já ouvir bastate... acho que vou virar um orelhão daqui a pouco). Eu também consegui, não sei como mas consegui, a relaxar e ser menos paranóica, apesar de continuar organizada. Isso sempre foi uma coisa que me deixava doente da vida, porque eu sempre tive dificuldade de mudar o modo como eu faço as coisas no meio do caminho e, se eu começava de um jeito parecia que eu tinha que terminar daquele jeito. Isso sempre foi muito ruim, porque eu me via em situações que parecia que não daria para voltar atrás e hoje em dia eu vejo que as coisas não precisam ser assim.

Além disso tudo, esse tempo fora me fez ver que algumas coisas são mais importantes que outras nessa vida. Eu aprendi, por exemplo, a não dar mais tanto valor às coisas materiais porque, na boa, não interessa a ninguém mais além de mim mesma se eu vou usar a mesma roupa ou sapato duzentas vezes se eu to feliz assim, não me interessa mais a opinião alheia nesse sentido. Além disso, reforcei muito para mim mesma a idéia de não julgar vida alheia, porque eu não quero que julguem a minha.

Por fim, esse tempo fora me fez dar muito mais valor às pessoas que eu amo e que me amam, que gostam de mim do jeito que eu sou sem tirar nem por, em particular a minha família e o meu namorado, mas também os meus amigos. Ficar longe de todos eles, por pouco tempo ou por muito tempo, dependendo de quem eu esteja falando, me fez valorizar mais ainda o amor deles que eles tem por mim e que eu tenho por eles. Vocês são meu tudo e o que importa de verdade!

Então valeu muito a pena, pessoal!





terça-feira, 30 de julho de 2013

Provas, muitas provas!

Olá bonitos!

Primeiro de tudo: dia 24 fez um mês que eu cheguei na Escócia!!! E hoje faltam 30 dias para meu aniversário de 24 anos. Olha que amor, gente. :)))

Bizarro como o tempo passa rápido, ainda mais quando eu estou cheio de coisa para fazer. Apesar de ter o fim de semana livre e, no geral, uma ou duas tardes por semana, eu tenho muita aula e muita coisa para entregar! Quando vejo, já acabou a semana.

Eu havia me proposto a escrever aqui semanalmente, mas a coisa está feia. Hehehe
Essa semana que passou foi bastante corrida, pois eu eu tive várias coisas do PSE para fazer e entregar!

-Segunda passada entreguei um Essay de 500 palavras;
-Quinta fiz uma apresentação oral;
-Sexta tive duas provas, uma de Language review (gramática, basicamente) e outra de Academic Vocabulary;
-Segunda foi o deadline do meu primeiro Assignment, que deveria ter em torno de 1200 palavras (mas eu sou doida e sempre escrevo mais - quando pode).

Ou seja, minha semana foi meio tensa. Por outro lado, foi a semana que eu mais aprendi! Eu não sei como funciona nossa cabeça quando estamos aprendendo idiomas, mas é muito bizarra a diferença entre as coisas que eu não sabia e agora sei a cada semana que passa. Acho que to acostumada com a faculdade que, apesar de estudar muito, demora para algumas coisas terem sentido ou mesmo serem memorizadas.

A única coisa chata é que aqui eu basicamente conheço o pessoal do curso (que sou eu, Alana, George e o resto só asiático) e os brasileiros que já estavam aqui. Todo mundo é muito legal, mas fora as aulas, eu só falo inglês quando to na rua fazendo coisas aleatórias. Estou pensando ainda como resolver isso. Hehehe. Já tentei um trabalho voluntário, mas não rolou e também um meio religioso para interagir, que no fim das contas é 1h/semana apenas. Vamos ver o que os próximos dias reservam para mim nesse sentido. :)

Em relação os textos, o primeiro era uma tema mais legal (Targets for preventive medicine) e mais curtinho, mas nem achei que ficou muito legal, apesar do esforço. Já o segundo acho que ficou bem melhor, apesar de ter sido um tema nada a ver (escroto) e com um número de palavras tenso. O tema central era Natural disasters que deveria ser relacionado com meu curso aqui (Neuroscience). De qualquer forma eu consegui, por que né, não tinha muita opção. No fim até que eu curti bastante, pois tive que ler bastante sobre algumas coisas que eu adorava na época do cursinho (história e geografia brasileiras) e resgateis meu super conhecimentos pediátricos do último semestre, citando o Nelson e tudo. Hehehe.


Detalhe: obrigada de verdade ao Davi e ao Roberto que revisaram depois que eu terminei! <3

Em relação a apresentação, foi muito legal, apesar de por algum motivo estranho eu ter ficado nervosa. Com esses 4 anos de faculdade, eu já adquiri auto-controle suficiente para apresentações, apesar de falar que nem a Minnie e ficar me balançando e gesticulando que nem uma louca. Porém, o importante é que dá certo no fim! Hahaha. O lance é que eu dou umas erradas no inglês que eu mesma percebo, aí eu me corrijo, fico nervosa e me embolo toda. Mas de boa, nada que o tempo não resolva, né? :)

Detalhe: eu estou com a mania de fazer vídeos de mim mesma quando eu estou praticando alguma apresentação. Se você não se sente seguro para apresentar (seja em português, inglês, não interessa), é uma boa fazer isso e ver o que você fica fazendo de bizarro, ou o que você fala errado, porque aí dá para ficar com vergonha do seu próprio vídeo e lembrar de não fazer mais. Hahaha. Eu fiz um dessa apresentação e está até bem legal, mas eu estou com muita fadiga de editar, porque demoooooraaaaa muito e eu to enrolada com provas essa semana. Se der, no fim de semana eu edito e posto. Mas fica aqui a minha empolgação para vocês verem. :p



E esse daqui foi o feedback da nossa prof.




Amanhã eu tenho provas do Listening e do Reading e na quinta de manhã tenho outra avaliação do Speaking, que funciona como uma discussão em um grupo de 4 pessoas. Nessa apresentação temos que usar o que aprendemos sobre como se comportar em discussões acadêmicas (expressões adequadas), falar corretamente, claramente e algo que faça sentido. Além disso, o grupo como um todo tem que se entender e fluir a discussão sem ninguém dominá-la.  

Depois disso eu encerro o primeiro ciclo de 6 semanas de PSE! :) 
Na outra semana começamos as 4 últimas semanas, que segundo as explicações serão organizadas da mesma forma, mas as atividades serão voltadas para nosso curso aqui na Uni.

Por fim, para quem ainda não sabe o que significa o nome do blog até hoje, vou explicar: O Thistle é uma flor típica aqui da Escócia e também um símbolo Nacional aqui. Se quiser, aqui no Visit Scotland você pode ler sobre isso. :)


Esse é o Thistle! Essa foto linda é da Bee (Bianca) Lucchesi e está aqui com a devida autorização. :)



E essa escrita mara é o nome do blog em Tailandês, que o Pae escreveu para mim! Hahaha
Eu ameeeei o alfabeto Tailandês, gente. É muito lindo! <3

Bem, espero que o fim de semana seja bom e faça Sol para eu poder aproveitar os três dias livres que terei! Aliás, esse fim de semana com certeza terá coisa mais legal aqui no blog, porque já tem coisa boa marcada para sexta e também porque tem outra coisa que eu to querendo postar desde que fez um mês que estou aqui, mas preciso organizar antes. Para galera que está vindo será bem útil! :)

Beijos!















domingo, 14 de julho de 2013

Existe palavra para esse sentimento?

Olá bonitinhos!

Eu sei que já é clichê ler isso por aí, mas vou falar: queria escrever muito mais aqui, mas são tantas emoções, atividades e estudos que fica complicado. Para vocês terem uma idéia, vou começar a incluir em cada post quanto tempo eu demorei para fazê-lo. Este ia ser o primeiro, mas eu parei no meio para falar no skype com minha mãe e perdi o fio da meada. Hahaha. Mas tudo bem, eu tento nos próximos.

Pois bem, se você quer continuar lendo isso aqui hoje, meu bem, vá na cozinha, faça um café e pegue uns biscoitos, porque vai ter muuuuita coisa para ler! Bem, a meu favor tenho a dizer que são todas coisas legais! Hehe

Desde o último post eu já estava pensando em algumas coisas para o próximo, só que o detalhe é que eu não imaginava que esse final de semana teria tantos acontecimentos. Eu até previa, mas não imaginava mesmo.

Minha sexta-feira já começou boa porque, como eu já disse aqui, é meu dia preferido de aulas. Além disso, quando acabou a aula da manhã eu, George e Alana fomos perguntar para o nosso coordenador se de fato teríamos aula a tarde, porque de acordo com o cronograma haveria uma atividade para os alunos que chegaram tarde e perderam a respectiva atividade na semana anterior. Isso não estava claro no papel, mas quando ele confirmou para nós que não precisávamos da aula, a gente quase teve um treco de alegria. Hahahah! Porque estava Sol e todos estavam na grama, então foi alegria pura. <3

Essa alegria toda é porque no fim de semana passado a gente não aproveitou muito o Sol, aliás não aproveitamos nada, mas tudo bem. Então na sexta mesmo nós tratamos de fazer uma coisa bem legal: conhecer o Law. O Law é um lugar aqui em Dundee em que dá para ver a cidade toda, por todos os ângulos. Então você imagina que seja uma subida gostosinha, né? Pois bem, era mesmo. Haha! Mas valeu muito a pena e foi pinto perto de outras subidas que eu já fiz (tipo as duas vezes que eu pensei que fosse morrer de medo, de estafa e desidratada na pedra da Gávea). Foi bem rápido para falar a verdade, pois o trajeto é todo calçado bonitinho e inclusive dá para ir de carro. Porém, vale a pena ir a pé porque temos que passar por um parque bem fofinho que tem no meio do caminho, além de umas casas lindinhas. Eu, George e Alana já temos mil planos para todas as ocasiões em que queremos ir ao Law: com o dia mais aberto, a noite, com neve, sem neve, para ver o nascer do Sol, para ver o pôr-do-Sol e para fazer piquenique. Hahaha! Porque quando nós curtimos, nós curtimos de fato! :p












































Foto do Thistle, que o George tirou para mim! :)


Depois disso, a noite, nós nos recuperamos e fomos para o flat da Eveline, que promoveu um super evento. Haha! foi bem legal! Eu para falar a verdade estava bem cansada, mas foi legal ver o pessoal e conversar um pouco, particularmente, rir bastante! :)

Ontem eu fiz aloca e dormi até meio dia, porque eu mereço. O dia estava estranho e um pouco friozinho, então eu fiquei estudando mesmo durante a tarde. Curti meu momentos dona Maria cozinheira e tudo mais. Inclusive, se tem uma coisa que eu estou gostando é fazer minha própria comida, com as coisas que eu escolho, que eu preparo e tal. Só falta fazer o feijão que eu comprei. É, my friend, EU COMPREI FEIJAO! Hahahah! O Alexandre e o Roberto me mostraram onde encontrar essa iguaria no Tescão. :D Como eu não tenho panela de pressão, nem vou adquirir este bem 'carésimo' por aqui pois o Alexandre disse que me empresta de vez em quando, ainda não fiz, mas logo logo farei! \o/

Depois eu fui lá no parque que tem aqui perto de casa para [continuar tentando] correr. Eu comecei com isso de novo essa semana, mas ainda não tinha comentado aqui, pois os dias não foram bonitos e eu não tinha conseguido uma foto legal. Aliás, o dia que eu fui pela primeira vez ao parque estava perfeito, mas eu fui loucona, sem câmera, nem nada. O parque é pequeno, mas perfeito para correr, apesar de ter umas subidas cabulosas em que eu corro que nem a Phoebe para ver se rola de chegar até o final. Hahaha.

Detalhe: Hoje eu ri sozinha pensando que eu tava correndo que nem a Phoebe! Adoro Friends! <3 <3 Vejo o mesmo episódio milhões de vezes, que nem criança com desenho animado! Hahaha. Vamos ver se com tudo conspirando ao meu favor eu consigo voltar a correr com dignidade. :p

Por falar em Phoebe, um colega chinês vai me passar todas as temporadas de Friends que ele trouxe quando veio para cá!!! \o/

Depois do parque eu fui toda bonitinha feliz e contente no centro espírita que eu achei aqui perto, mas eu sou mongol e confundi tudo: era no domingo, não no sábado. Mas tudo bem. Aproveitei que já estava na rua e andei até a praça para tomar café Costa! Na realidade, tomei chocolate quente mara delícia mesmo! :) O luxo da semana! Hahaha



Hoje, domingo, foi o melhor dia desde que eu cheguei em Dundee! Eu devo falar isso muitas vezes ainda, porque acho que muita coisa boa ainda vai acontecer, mas o dia de hoje teve muitos motivos para ser perfeito! Apesar de ter acordado tarde [de novo], consegui aproveitar muito bem o dia, que estava ensolarado e perfeito! Eu acordei e estudei o que faltava para a próxima semana e depois fui ao parque de novo. Dessa vez levei câmera e tirei muitas fotos! Estava acabando a orquestra que esta rolando todo final de semana do verão lá! Mas sem problemas, porque no fim de semana que vem eu chego mais cedo para escutá-la. :)

As pessoas ficam lindas e felizes quando tem Sol aqui: uns jogavam bola, outros brincavam com os cachorros, alguns estavam apenas sentados em suas cadeirinhas ouvindo a música e conversando, outros liam e alguns apenas tomavam Sol mesmo, tipo 'estou na praia, beijos'.















Que bonito! <3



Amei esse sofá mara.



<3







Depois vim em casa, fiz meu almoço maravilhoso (cof, cof) e me arrumei rapidão porque queria muito ir lá conhecer o centro espírita! Aliás, foi a parte mais legais do meu dia! :D

Foi muito, muito, muito legal. Eu não sabia como seria, porque "espiritualismo" é sempre uma aventura, pois muitas coisas abrangem este termo. Eu sou espírita Kardecista e, apesar de já ter ido em muitos locais diferentes e não ter preconceito com quase nada, prefiro frequentar apenas os lugares em que eu me sinto bem de verdade.

Chegando lá eu fui muito bem acolhida, o que eu estava realmente precisando... Já havia um tempo que eu estava um pouco afastada da minha religião, mas agora eu estou sentindo necessidade de ter algo que me fortaleça, pois tenho me sentido muito sozinha. Ao mesmo tempo em que tenho muitas pessoas legais ao meu redor, eu tenho muita dificuldade para criar laços, pois demoro um pouco para confiar nas pessoas e dar moral para elas. Mas nada que o tempo não resolva. :)

Bom, se você não acredita em nada de espiritualismo, pode parar de ler por aqui, ou então não tenha preconceitos, pois hoje foi um dia em que eu mesma venci meus próprios preconceitos. E como! Lá na Igreja (vou chamar de Igreja, pois eles chamam de "Igreja do espírito" aqui) foi muito novo para mim, pois eu nunca havia participado de uma mesa de mediunidade. Na realidade, já estive em algumas, mas em locais grandes e nem um pouco particulares/ intimistas, apenas com mensagens gerais para o público. Porém hoje eu cheguei lá sem nem imaginar que era isso que ocorreria! Houve também um momento de abertura, com cantos e orações. Foi muito bonito, legal e eu me senti muito bem! Com certeza frequentarei! O melhor foi que eu estava entendendo o que as pessoas falavam, minha gente! Aí abriram um espaço para os mediuns começarem a falar com as pessoas do lugar, sempre perguntando se elas queriam ouvir alguma coisa. Basicamente ocorreu como eu já conhecia: eles perguntavam se a pessoa queria ouvir, e iam "traduzindo" o que estavam ouvindo do espírito, como um recado por um telefone sem fio. Todas as pessoas sempre cooperavam e concordavam com o que se passava. Foi engraçado porque meu medos eram: 1) se ela falar comigo será super importante e eu posso não entender direito e 2) isso nunca aconteceu comigo, não poderia acontecer justo agora e em inglês!

Mas aconteceu!!!

Foi muito emocionante, não sei nem descrever, pois para ser muito sincera, apesar de ser espírita desde sempre, eu sempre tive um pouco de dificuldade em acreditar em qualquer médium, exceto aqueles sabidamente "verdadeiros" pela comunidade espírita. Isso porque eu muitas vezes achava que as coisas ditas ali no momento eram vagas e poderiam servir para muitas pessoas. Bom, de qualquer forma, quando eu achava que ia acabar, a medium [que tinha o inglês mais fácil de entender, graças a Deus] perguntou se poderia falar comigo! =O

Eu aceitei, claro. E ela falou muitas e muitas coisas, que eu nem saberia dizer aqui da melhor forma possível, muito menos filtrar o que seria conveniente dizer aqui. Mas vou tentar, pois talvez seja um passo importante para alguém como foi hoje para mim. Foi incrível, pois tudo se encaixou perfeitamente e eu nem havia aberto a boca para falar nada de mim em momento algum. Tanto não abri que a moça gentilmente perguntou se poderia ouvir minha voz e foi apenas para dizer que "sim, poderia" que eu falei até então. Resumidamente, ela falou que:

- A senhora italiana/descendente de italianos que queria falar comigo por meio dela tinha muito carinho por mim desde sempre e que ela havia sido muito próxima da mina avó, descrevendo a senhora e a relação com a minha avó, inclusive falou de uma foto delas juntas e descreveu a foto (o que eu já confirmei); por outro lado, a família do meu pai tem descendência italiana, mas eu não tenho como confirmar isso com ele.
- Para começar o choque foi ela dizer que sabia que foi difícil para mim chegar ali e ter tido coragem de ir. Sim, desde que eu cheguei eu quero ir e nunca vou, além do fato de ter anos que eu venho empurrando minha religião com a barriga. Mas disse que foi muito bom eu ter ido. Disse inclusive que era a minha primeira vez ali, certo. Sim, certo.
- Que ela sabia que eu estava em um momento muito difícil e me sentindo sozinha, mas justamente por isso eu não poderia agir como costumo: demorando muito para dar liberdade para as pessoas e confiar nelas, porque senão eu ficaria sempre sozinha, pois neste momento essa dificuldade me atrapalharia muito se eu não mudasse um pouco (o que é fato).
- Falou que eu estou estudando línguas e que ainda tenho mais 3 anos de muito estudo pela frente (tempo do CSF + terminar a faculdade. Quase tive um treco), mas que depois disso eu tenho um mundo pela frente. Falou que esse momento das línguas tem sido muito importante para mim e que eu tenho estudado muito, o que vai me enriquecer muito e muito rápido.
- Disse que desde já vê um mundo, literalmente, na minha vida, mas que não sabia ao certo o que isso significaria (OI, TUDO BOM, PREFIRO NAO COMENTAR), mas que sabia que ao final desse ciclo  eu "ganharia o mundo" e que ela só via coisas muito boas para mim, na realidade "maravilhosas". =')
- Falou que eu tenho um potencial de estudo muito grande e sei usá-lo muito bem, particularmente a leitura e a memória fotogênica (nessa hora foi engraçado, porque geral virou tipo "deixa eu ver a cara desse gênio"), mas que tenho que conciliar isso com minha vida social (again and again), porque não dá apenas para fechar a porta do quarto e esquecer o mundo.
- Disse que eu estava dividindo moradia (!!!) e que isso estava sendo muito complicado e bagunçado para mim (!!!!!!!!!!!), mas que eu não precisava me preocupar, pois em muito breve esse problema seria resolvido e eu não teria mais problemas com isso (meninas do 55, cheguem logo, please! Choquei).
- Falou que apesar de eu ser muito quieta, observadora e introspectiva, eu tinha uma criança do sexo masculino em minha família que era meu oposto e me completava e perguntou se eu tinha um irmão mais novo. Sim eu tenho um de 10 anos, eu disse (e tenho mesmo). Disse que eu devo aproveitar melhor essa relação, pois temos muita coisa pela frente e somos opostos que se completam, depois descreveu como ele é e age. Foi bizarro...
-  Falou ainda que eu deveria ter muita atenção com minha vózinha por causa de uma coisa que ela tem que eu prefiro não comentar aqui, mas que ela de fato tem. E me deu algumas recomendações quanto a isso.
- Terminou me pedindo para conciliar o estudo e a vida social, pois isso era o mais importante agora, procurar modos de socializar e dizendo que não via nada de ruim ou temeroso, mas apenas coisas muito boas em minha vida! E que ela queria falar comigo pois sabia que eu estava precisando ouvir coisas boas.

Foi muito chocante e eu não conseguia falar nada! Eu ficava me segurando para não chorar e quando ela perguntava algo eu apenas balançava a cabeça! Cara, foi uma sensação que eu não sei descrever. Eu só sei que me fez muito bem, pois me deu vários alertas, me fez me vincular mais à minha religião e também me deu o conforto que eu precisava. Por fim, me mostrou que eu só tenho motivos para ser feliz e muita coisa boa está por vir pela frente. Saí de lá melhor do que entrei com toda a certeza do mundo.

Depois de mim acabou a sessão e eu fui beber água para ver se ficava em pé. Algumas senhoras gentis vieram conversar comigo e a moça médium que falou comigo também veio, perguntou se eu estava bem e foi muito fofa. Eu contei para ela que estava fazendo intercâmbio e tal e ela disse que estava sempre na Igreja e que quando eu quisesse conversar com alguém, ela estará lá. :)

Por fim, vim para casa com um final de tarde perfeito pensando em muita coisa. Fui doida falar com minha mãe e contar com detalhes das coisas que ouvi hoje.

Bem, esse foi meu domingo!
Muito diferente, muito legal, muito tudo!

Essa semana tenho muita coisa do curso para fazer, então vamos ver quando terei novidades.

Beijos!