terça-feira, 5 de agosto de 2014

Módulos de Neuroscience e um pouco sobre o Life Sciences

Olá pessoal!

Tem bastante coisa acontecendo no meu verão e já está super pertinho de eu voltar para casa! Na verdade ainda não sei se estou triste ou feliz com isso. Acho que estou em um meio termo saudável! Hehehe.

Fico triste por deixar uma parte da minha vida que tem sido tão legal e sei que ficarei muito saudosa por não ter tudo que tenho tido e tenho vivido aqui quando eu voltar para o Brasil. Apesar de amar o que eu estudo no Brasil, minha Universidade, família e amigos, sei que a realidade será dura na volta. Além disso, aprendi a tirar muitos preconceitos e hábitos da minha vida que sempre foram presentes, mas sei que lidarei com eles de novo quando voltar. Seja pelo ambiente, pelas pessoas e por mim mesma naquele meio. Isso me cansa um pouco só de pensar, mas tudo bem. Acho que a minha meta pessoal agora é tentar manter o que eu consegui mudar e aprender aqui, agregar essas pequenas coisas definitivamente ao meu caráter e forma de ser, independente do que está ao meu redor. Vamos ver no que dá! :)

De qualquer forma, continuarei mantendo a promessa de postar as principais coisas que costumam me perguntar aqui no blog sobre o CSF, sobre a Uni of Dundee e sobre o curso de Neuroscience. Sendo assim, hoje vou falar um pouco sobre meu curso, o ano que me encaixei aqui e sobre os módulos que cursei. Depois dessas coisas, conto mais sobre as coisas bacanas e viagens que fiz! ;)

Como já falei bastante por aqui, faço Medicina no Brasil e vim estudar Neuroscience aqui na University of Dundee. Quando optei pelo curso, tentei buscar algo que se aprofundasse de alguma forma em uma área da medicina, por isso pensavam em Public Health, Pharmacology ou Neuroscience.

A maioria dos alunos que vem pelo CSF originalmente de um curso da saúde são alocados no terceiro ano na Uni of Dundee. Acredito que eles veem no nosso histórico que já vimos muitas das matérias básicas no Brasil, então não nos diferenciam muito entre os anos daqui. Ou seja, bem pouco provável ficar no quarto ano. Já o pessoal da engenharia costuma ficar no quarto ano, porque mesmo estando no terceiro ano no Brasil, a maioria já viu muitas matérias do quarto ano aqui.

No quarto ano dos cursos do Life Sciences o pessoal tem um módulo que dura um semestre todo de projeto prático mesmo, por isso acho que evitam nos colocar neste ano. É uma pena, porque seria muito mais legal estar "colocando a mão na massa" por um semestre todo ao invés de fazer isso apenas no Summer Project (que logo logo falo dele!). Teria sido muito mais proveitoso do que assistir às aulas convencionais, pelo menos é o que eu acho!

Estando no terceiro ano daqui e em um curso específico, o aluno tem que cursas duas matérias obrigatórias daquele curso por semestre e algumas optativas. No caso do curso de Neuroscience e o de Pharmacology, as obrigatórias do primeiro semestre são Neurophysiology e Molecular Pharmacology no primeiro semestre e Neuropharmacology, Systems Pharmacology 1, Systems Pharmacology 2 no segundo semestre. Eu escolhi de optativas matérias de fisiologia, que foram Endocrine control of body homeostasis no primeiro semestre e Respiratory & Renal Physiology e Gastrointestinal Physiology and Nutrition no segundo semestre.

Sobre os outros cursos do Life Sciences com alguma vertente da medicina, aqui estão os módulos obrigatórios e optativos e o respectivo semestre em a que disciplina está disponível:







Cada módulo dura 10 semanas e ocorrem de dois em dois mais ou menos (a não ser que você pegue uma terceira optativa). Ao final de cada módulo fazemos uma prova de múltipla escolha que costuma pesar cerca de 20% da nota final. Ao final do semestre fazemos todos os degree exams (que são as provas discursivas deles), que costumam pesar 60% da nota final. Ao longo dos módulos temos aulas práticas e workshops, que geram trabalhos a serem entregues, valendo os 20% de notas que resta. A presença costuma ser obrigatória nestas atividades, mas nas aulas teóricas varia de disciplina para disciplina. As práticas sempre geram practical reports para serem entregues e os workshops costumam variar entre worksheets com questões para entregar depois, a testes na hora da atividade ou exames on-line com um deadline para serem respondidos. Algumas matérias também incluíram essays para serem entregues com algumas opções de tema a serem discorridos. Eu achei esses trabalhos a melhor parte, pois adorei praticar minha escrita formal em formato de paper em inglês com essas atividades.

Os exames de múltipla escolha costumam ser mais tranquilos, apesar da decoreba bizarra, ao passo que os discursivos são mais complexos, com questões estilo essay. Isso quer dizer: provas com 2 a 6 questões gigantes para serem respondidas em muitas linhas, nas quais você deve ser sempre muito específico nos assuntos e, se possível, fazer esquemas, diagramas etc. Ou seja, meio complicado, mas nada impossível para quem costuma fazer questões discursivas em suas provas no Brasil.

Detalhe: Muita coisa é on-line!!! O Site da Uni é muito bom, o aluno on-line perfeito (com app para ipad!), as aulas e materiais extras costumam estar disponíveis antes mesmo das aulas para os alunos acompanharem durante as mesmas (enquanto no Brasil temos que implorar por isso muitas vezes...) e as provas costumam ser digitadas ao invés de escritas à mão (o que dá um nervoso porque fica um barulho surreal de digitação na hora e o cronômetro do computador fica mostrando o tempo e, caso você não termine, ele envia o exame do jeito que estava quando o tempo acaba. Hahaha) 

Acho que é basicamente isso que tenho a dizer do curso! :)

No próximo post conto para vocês como foi meu Summer Project, pois ele acabará esta semana!

Beijo e até breve!

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